Rosa Lobato Faria / Moniz Pereira
Repertório de Teresa Tapadas
Digo mal da vida quando a vida é tão madrasta
Digo mal da vida quando a vida é tão cruel
Digo mal da vida quando a vida deixa marca
De fel nos sentidos, de grilhões na minha pele
Vieste e acendeste a magrugada
Perfumaste a minha estrada
Aqueceste a minha mão
Falaste, mandaste embora a saudade
Inventaste a liberdade
Foste vinho e foste pão
Sorriste e nasceu uma roseira
Bem juntinho à cabeceira
Desta cama de paixão
Disse mal da vida quando a vida é tão madrasta
Disse mal da vida quando a vida é tão cruel
Disse mal da vida quando a vida deixa marca
De fel nos sentidos, de grilhões na minha pele
Soubeste transformar a minha casa
Fazer dela ninho de asa
Pôr o fogo a crepitar
Quiseste tirar trevas das gavetas
Descobrir as rimas certas
Nos meus versos nasceu mar
Disseste, vem comigo ver a vida
Ela é muito mais bonita
P’ra quem sabe perdoar
Digo bem da vida que me deu o teu sorriso
Digo bem da vida que me deu o teu calor
Agradeço à vida o meu grão de paraíso
Nunca mais difamo a vida que me deu o teu amor