Artur Ribeiro / Joaquim Campos *fado alexandrino*
Versão original do repertório de Artur Ribeiro
Eu nasci amanhã, no meio desta gente
Toda nascida ontem, ou quando muito, agora
Eu nasci amanhã num ponto irreverente
Por isso não entendo a gente que cá mora
Eu nasci amanhã onde não há fronteiras
Onde cada poeta só canta o que lhe apraz
Eu nasci amanhã onde não há trincheiras
Onde não fazem guerras impondo a sua paz
Eu nasci amanhã, num mundo imaginado
Sem pobres a morar em zona demarcada
E neste mundo, hoje, triste e acomodado
Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada