Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO apadrinhado pelo mestre RODRIGO

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AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
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ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO - - -
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
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O ardinita

Mote popular / Glosa de Linhares Barbosa / Popular *fado corrido*
Repertório de Fernando Maurício

Óh minha mãe, minha mãe
Óh minha mãe minha amada
Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe, não tem nada

O ardinita, o João / Levantou-se muito ledo
Porque tinha que estar cedo / À porta da redação
Trincou um naco de pão / Que lhe soube muito bem
Antes de partir, porém / Beija a mãe adormecida
E disse: cá vou à vida
Óh minha mãe, minha mãe

A mãe com todo o carinho / Deitou-lhe a bênção, beijou-o
E depois aconselhou / Sempre muito juizinho
Toma conta no caminho / Não fumes, não jogues nada
Pode ficar descansada / Diz ele, prá iludir
E tornou-se a despedir
Óh minha mãe, minha amada

Cruzou toda a Madragoa / Satisfeito a assobiar
Uma marcha popular / Do Santo João em Lisboa
Nisto pensou; é tão boa / A minha mãe... e contudo
Como a engano, a iludo / E lhe minto, coitadinha
Gramo tanto essa velhinha
Quem tem uma mãe tem tudo

Neste calão repelente / Da gíria da malandragem
Existe um quê de homenagem / Nessa boquita inocente
Marcha pró jornal, contente / Sempre d’alma levantada
E como o calão lhe agrada / Repete, como eu a gramo
Tanto lhe quero, tanto a amo
Quem não tem mãe não não nada