*História do quadrilheiro Manuel
Domingos Louzeiro*
António
Aleixo / José Niza
Repertório
de Adriano Correia de Oliveira
Já lá vai
preso o ladrão
Que em toda a parte aparecia
Contam-se mais de um milhão
De roubos que ele fazia
Que em toda a parte aparecia
Contam-se mais de um milhão
De roubos que ele fazia
Meus
senhores vão ouvir
A história do quadrilheiro
Manuel Domingos Louzeiro
Manuel Domingos Louzeiro
Que foi a pena cumprir
Enquanto alguém de Salir
Enquanto alguém de Salir
Num primor de descrição
Lhe chama até "Lampião"
Lhe chama até "Lampião"
Mas, Salirenses honrados
Podeis dormir descansados
Que lá foi preso o ladrão
Podeis dormir descansados
Que lá foi preso o ladrão
P’las
coisas que o povo diz
O tal Domingos tem sido
P’ra
uns, terrível bandido
P’ra outros, grande infeliz
Mas
eu, sem querer ser juiz
Vi que ele se despedia
Da
mulher com quem vivia
Numa amizade sincera
E
não vi nele a tal fera
Que em toda a parte aparecia
Que em toda a parte aparecia
Desse
rei dos criminosos
Direi aos que o conheceram
Poucos crimes apareceram
Poucos crimes apareceram
E poucos são os queixosos
Apenas alguns medrosos
Apenas alguns medrosos
Terrível fama lhe dão
Para a justiça só são
Para a justiça só são
Os seus crimes dois ou três
Mas coisas que ele não fez
Contam-se mais de um milhão
Mas coisas que ele não fez
Contam-se mais de um milhão
Por
alguns sítios passava
Onde há só gente honradinha
Que roubava à vontadinha
Que roubava à vontadinha
E que ninguém acusava
Tudo Domingos pagava
Tudo Domingos pagava
E ele às vezes nem sabia
Que à sua sombra vivia
Que à sua sombra vivia
Gente que passa por justa
Fazendo crimes à custa
Fazendo crimes à custa
Dos roubos que ele fazia