Mas brincou tanto na vida / Que hoje chora a vida inteira
Nas ruas donde passava / Espalhava luz e cor
Ria de quem a adorava
E negava o seu amor / Àqueles de quem gostava
Maria sem dono, sem dono vivia
Sozinha na vida, cansada e vencida
Sofria, sofria
Ninguém a tirou daquele abandono
O tempo passou e sempre ficou
Maria sem dono
Mais tarde quando pensou / Poder voltar a viver
Quem lhe pudesse oferecer / Aquele amor que esbanjou
Pobre Maria sem dono / A sua vida é um inferno
Na solidão do outono