-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

. . .

* 7.140 LETRAS <> 3.082.000 VISITAS * FEVEREIRO 2024

. . .

Soneto a Lisboa

António Tavares Teles / Tozé Brito
Repertório de Rodrigo

Não chove nas cantigas que falam de Lisboa
Os dias são de sol, as noites de luar
Fidalga, nunca mora para os lados da Brandoa
Lisboa raramente a vemos trabalhar

Menina sempre foi dos olhos dos poetas
Varina é só uma rima que lhe fica a matar
Depois, cheira a alecrim, a cravo e as giestas
Não crescem nos jardins aonde vai cantar

Lisboa é uma fadista formosa e mui segura
Nos versos da cantiga a mágoa nunca dura
Mas fado é literatura e a vida outro cantar

Com mágoas que demoram nos bancos dos jardins
Giestas a crescer por entre os alecrins
E a chuva a cair, e ela a trabalhar