João Alberto / Carlos da Maia
Repertório
de Francisco Martinho
Chamaram-me sombra negra
Os judas que o disseram
Andam a beijar meu rosto
Por não ter seguido a regra
Das coisas que me impuseram
Dão-me veneno e desgosto
Caminhei pela noite a esmo
Cantei amor vagabundo
Os judas que o disseram
Andam a beijar meu rosto
Por não ter seguido a regra
Das coisas que me impuseram
Dão-me veneno e desgosto
Caminhei pela noite a esmo
Cantei amor vagabundo
Onde a noite me conheça
Vi a sombra de mim mesmo
Sombra negra sou no mundo
Vi a sombra de mim mesmo
Sombra negra sou no mundo
Para quem em mim tropeça
Arranquei da noite, o manto
Vi tristezas, risos e dor
Arranquei da noite, o manto
Vi tristezas, risos e dor
Nas trevas que a noite tem
Tudo é sombra, tudo é pranto
Quando a noite veste amor
Tudo é sombra, tudo é pranto
Quando a noite veste amor
Sou a sombra de ninguém
Cansei de sentir tristeza
Que sombra negra sou eu
Cansei de sentir tristeza
Que sombra negra sou eu
Eu não sei, queria saber
Apenas sei, apenas sei de certeza
Minha sombra em mim nasceu
Apenas sei, apenas sei de certeza
Minha sombra em mim nasceu
E comigo há-de morrer