Repertório de Vitor Silva
Abro
as mãos como quem pede
Remédio
p'ra tanta dor
Tenho
sede, tenho sede
Caí
nas malhas da rede
Traiçoeira, do amor
Abri
as mãos fui andando
Com
os olhos rasos de água
Ora
rindo ora chorando
Fui
pedindo e vão-me dando
Apenas
taças de mágoa
Abro
as mãos como quem espera
Da
vida, algo maior
Corro
atrás duma quimera
Procurando
a Primavera
Nos
meus Invernos de dor
Abri
as mãos num segundo
A
quem as mãos estendia
Encontrei-me
com o mundo
Minhas
mãos nesse segundo
Encontraram
companhia