Nuno Júdice / Alfredo Duarte *fado laranjeira*
Repertório de Carlos do Carmo
No fado em que nasci, no fado em que morri
Um fado vi nascer, na sina de morrer
Em tudo o que cantei, um rosto me sorri
Um fado me ensinou, que nunca vou esquecer
E se o fado me leva, para onde te ouvi
É porque é só no fado, que eu oiço a tua voz
A mais bela das noites, que a voz me ensinou
Onde é noite o teu fado, e o fado somos nós
Quero ouvir neste fado, outro fado igual
E viver nesta noite, que á noite aconteceu
Ser outro nos teus braços, ser outro e ser igual
Sermos um em ser dois, e seres tu em ser teu
Ver a noite inventada, num luar descoberto
Ser riso o próprio pranto, ser fado no meu canto
Ser dia e noite escura, e certo o mais incerto
Ver nascer deste fado, um fado em cada canto