Repertório de Carlos do Carmo
Todo o caso tem um fim
E se à noite se encontravam
A guitarra e o clarim
Na mesma cama ficavam
Mas quando se descruzavam
Por coisas assim-assim
Era por ela, p'ra mim
Era por ela, p'ra mim
Ser guitarra não clarim
Como pode uma guitarra
Como pode uma guitarra
Ler a agenda dum clarim?
Tudo nota e nada conta
Tudo nota e nada conta
Fecha o livro e diz que sim
E por contar, que contava
E por contar, que contava
O clarim, ao recolher?
Era cinema sem crer
Era cinema sem crer
Que nem à noite enganava
Pode o clarim dar a volta
Pode o clarim dar a volta
Às ancas duma guitarra?
E que contava a guitarra
E que contava a guitarra
Das prosápias do clarim?