Asas no tempo
Carlos Escobar / Carlos Barra
Repertório de João Tenreiro
Cabeça de vento, sem asas no tempo
Vem cá velha amiga
Que em tem tempo de mágoa me deste o teu braço
Seguiste o teu rumo, laranja sem sumo
O vento voando e o teu corpo vergando á lei do cansaço
Quiseste dar vida à vida perdida
E a vida deixou-te
Deu corda, enforcou-te na corda da vida
Dançaste, dançaste, rodaste, rodaste
Pião a rodar, a girar a girar numa luta vencida
És trigo maduro que só deu pão duro
Seara cortada em manhã de geada, raiz a secar
Perdoa a descrença e o preto da tinta
Mas estava cá dentro e a raiva que sinto não deixa que minta
Vem cá velha amiga um ombro um abraço
Descansa-se se queres
E quando quiseres acerta o teu passo
A vida sem vida foi vida vendida
Mas és força viva, não deixes que a vida te faça palhaço
Adeus velha amiga, amante perdida
Amante amores, de poucos valores e travo na boca
A cama é só minha, a casa é tão fria
Eu tenho o que tenho, tu tens o que tinhas
A noite vazia
Repertório de João Tenreiro
Cabeça de vento, sem asas no tempo
Vem cá velha amiga
Que em tem tempo de mágoa me deste o teu braço
Seguiste o teu rumo, laranja sem sumo
O vento voando e o teu corpo vergando á lei do cansaço
Quiseste dar vida à vida perdida
E a vida deixou-te
Deu corda, enforcou-te na corda da vida
Dançaste, dançaste, rodaste, rodaste
Pião a rodar, a girar a girar numa luta vencida
És trigo maduro que só deu pão duro
Seara cortada em manhã de geada, raiz a secar
Perdoa a descrença e o preto da tinta
Mas estava cá dentro e a raiva que sinto não deixa que minta
Vem cá velha amiga um ombro um abraço
Descansa-se se queres
E quando quiseres acerta o teu passo
A vida sem vida foi vida vendida
Mas és força viva, não deixes que a vida te faça palhaço
Adeus velha amiga, amante perdida
Amante amores, de poucos valores e travo na boca
A cama é só minha, a casa é tão fria
Eu tenho o que tenho, tu tens o que tinhas
A noite vazia