Repertório
de Jussara Silveira
Não
é por ter amado o fado antigo
Que
eu já posso dizer que sou fadista
Mas
por lhe ter amor é que eu te digo
Que
o fado fez em mim nova conquista
Não
sei o que há no fado Margaridas
Que
chora ao mesmo tempo que sorri
Descubro
neste fado tantas vidas
Que
já nem sei dizer quantas vivi
Talvez
não seja aceite entre os puristas
Talvez
pensem que eu não tenho o direito
Mas
é na companhia de fadistas
Que
eu sinto a vida a latejar no peito
Sei
que não sou do fado por nascença
E
só o posso ser por condição
Por
isso, ao começar peço licença
E
assim que terminar, peço perdão;
Por
isso, ao começar, peço licença
Mas
só o posso amar de coração