Manuel
Alegre / António Chaínho
Repertório
de Humberto Sotto Mayor
Lisboa
chora dentro de Lisboa
Lisboa
tem palácios, sentinelas
E
fecham-se janelas quando voa
Nas
praças de Lisboa, branca e rota
A
blusa de seu povo, essa gaivota
Lisboa
tem o sol crucificado
Nas
armas que em Lisboa estão voltadas
Contra
as mãos desarmadas, povo armado
De
vento revoltado, violas astros
Meu
povo que ninguém verá de rastos
Lisboa
tem um cravo em cada mão
Tem
camisas que abril desabotoa
Mas
em maio Lisboa é uma canção
Onde
há versos que são cravos vermelhos
Lisboa que ninguem verá de joelhos