Mário Rainho / Fernando Ribeiro
Repertório de Alice Pires
Quando
Deus criou o mar
Logo pensou, quando o fez
Tenho agora que criar
Um marujo português
Faz-me
ao mar a força viva
Deste português de fé
Nau duma esperança festiva
Nau duma esperança festiva
Que não andou à deriva
Como a arca de Noé
Como a arca de Noé
Meu português marujinho
Infante de muitas rotas
Quantas paisagens remotas
Colheste pelo caminho
E do mar ao regressar
Num porão de caravela
Trazias cheiro a canela
Com mistura de cravinho
Venceste
o Adamastor
Com essa fé que sentias
Peito erguido sem temor
Peito erguido sem temor
Nas caravelas dos dias
O
olhar, perdido, em frente
Sentindo
que o mundo chama
Assim
foste ao Oriente
A
esse cais de nova gente
Nas
naus de Vasco da Gama
Gaivota,
sonho em viagem
Que um dia regressa ao ninho
Sobre o convés da coragem
Sobre o convés da coragem
Meu português marujinho