O que nasceu na viela
E um fidalgo de samarra
Tocava a sua guitarra
Muita vez, em casa dela
Sua voz era o lamento
Nascida no sofrimento / Dum sofredor coração
Pois ela quando cantava
Parecia até que rezava / Em fervorosa oração
Todos gostavam da Rosa
Por ser crente e ser bondosa / Como fada benfazeja
E na rua onde morava
Assim que ela passava / Diziam: bendita seja
Um dia a Rosa partiu
Há quem diga que fugiu / Com o fidalgo apaixonado
Desde então nessa viela
Nunca mais souberam dela / Nem se cantou mais o fado