Aníbal
Nazaré / Maximiano de Sousa
Repertório
de Max
Quando a dor bateu à porta
Eu
corri e fui abrir
Ela
entrou, vinha cansada
Sentou-se
logo a seguir
Sem
sequer pedir desculpa
De
vir sem ser convidada
Disse-me
que ficaria
Comigo,
uma temporada
A
dor sentou-se
E ficou à minha beira
Habituou-se
A ser minha companheira
Eu
compreendo
Que ela esteja junto a mim
Mas
às vezes não entendo
Porque me persegue assim
Mas
o tempo vai passando
E
a dor não se vai embora
Já
começo até pensando
Porque
tanto se demora
Até
penso nesta lida
Já
que a dor só quer ser minha
Hei-de
mudar desta vida
E deixar a dor sozinha