Isidoro
Cavaco / José António Sabrosa *fado tia dolores*
Repertório
de Cláudia Madeira
Eu
trouxe o fado ao nascer
Toda
a gente p’ra viver
Precisa
de respirar
Deus
a mim fez-me dif’rente
Respiro
como toda a gente
Mas
morro se não cantar
Meu
coração quando canta
Põe-me
o fado na garganta
E
na voz esta emoção
Corre-me
o fado nas veias
Vamos
pois vivendo a meias
Numa
perfeita união
Dizem
que o fado é tortura
Eu
sigo nesta loucura
De
o cantar constantemente
Quando
algum dia sofrer
Não
me importo de morrer
Cantando
p’ra toda a gente
O
fado é a minha sina
E
sinto desde menina
Que
é de mim um bocado
Por
isso mesmo sem qu’rer
Cantarei
até morrer
Porque cantar é meu fado