Carlos
Conde Popular *fado mouraria*
Repertório
de Ermelinda Vitória
Letra retirada do blogue *Lisboa no Guiness"
Cantar o fado altaneiro
Erguê-lo como um padrão
É ter Portugal inteiro
Metido no coração
Há
quem me ponha em baixeza
E me tenha censurado
Por
eu ter cantado o fado
Sendo mulher portuguesa
Porém,
a nobre defesa
Para o dito traiçoeiro
É
ter por forte guerreiro
O som do fado imortal
E
por todo o Portugal
Cantar o fado altaneiro
Uma
guitarra a gemer
Por alguém ao fado atreito
Geme
a aquecer-nos o peito
Para também se aquecer
Quero
cantar e viver
Nesta sonhada ilusão
Porque
o fado é a canção
Calmante de quem padece
Rezá-lo
como uma prece
Erguê-lo como um padrão
Assim,
nas notas bem-vindas
Onde vibram mocidades
Quero
cantar as saudades
Doutras saudades infindas
Desprezar
as mal-avindas
Línguas do povo embusteiro
Porque
ter o lisonjeiro
Fado, profundo e
dolente
Não
é ter alma somente
É ter Portugal inteiro
Cantar
o fado que encanta
Desde o mais sábio ao mais rude
É
ter a santa virtude
Sobre a virtude mais santa
Toda
a mulher que não canta
Por devaneio ou paixão
Perde
toda a sedução
Toda a ternura e valor
Por
não ter um puro amor
Metido no coração