Na modéstia do trajar
Não me tente deprimir
Nunca deixei de comer
P’ra ter vaidade
Certo
Sei que a riqueza é um bem
Mas eu prefiro a alegria / Que por vezes me rodeia
Não tenho inveja de quem
Traz a barriga vazia / P’ra ter a carteira cheia
Os que mostram grande aumento
Sem ter norma definida / Vivem de artes, de segredos
Não sacrifico o sustento
Nem deixo o prazer da vida / P’ra ter brilhantes nos dedos
Dispenso, não quero ter
As prosápias de grandeza / Nem as fortunas sem fim
Um dia, quando eu morrer
Basta que deixe a riqueza / Que me deixaram a mim
Trajo sem mera vaidade
Que o vestir modestamente / Não inspira mal profundo
Eu ando à minha vontade
Ao passo que certa gente / Anda à vontade do mundo