Repertório de Alzira Afonso
Quero
lá saber dos olhos
Que
não sejam os teus olhos
Acesos
dentro de mim
Como
dois lagos de calma
Que
me sossegam a alma
Num
amor que não tem fim
Quero
lá saber da boca
Que
não seja a tua boca
Sobre
a minha com loucura
Junto
à lua dos teus dedos
Onde
habitam mil segredos
Que
dão luz à noite escura
Quero
lá saber dos braços
Que
não sejam os teus braços
Onde
me entrego em desejo
Junto
às tuas mãos libertas
Como
janelas abertas
À
tempestade dum beijo
Olhos,
boca, corpo amado
Razão
de ser deste fado
Que
é o fado de te amar
Braços
corpo, mãos acesas
Onde
não moram tristezas
Nem
mais ninguém tem lugar