E aquele degrau que havia / Na tua escada, à entrada
P'ra me anunciar, gemia / De cada vez que o pisava
Velho degrau carcomido
Que nunca mais pisarei
E aquele estranho ruído
Que eu nunca mais ouvirei;
Velha escada que subi
Tanta vez, de madrugada
Velho degrau que desci
Sem fé, sem amor, sem nada
O degrau que tanta vez / Eu pisei com emoção
Numa só noite desfez / Dentro em min, uma ilusão
Degrau que, tão de mansinho / Com medo de te acordar
Pisava devagarinho / Já não quero mais pisar