A deusa da minha rua
João Faraj
/ Newton Teixeira
Repertório
de António Zambujo
A
deusa da minha rua
Tem
os olhos onde a lua
Costuma-se
embriagar
Nos
seus olhos eu suponho
Que
o sol, num dourado sonho
Vai
claridade buscar
Minha
rua não tem graça
Mas
quando por ela passa / Seu
vulto que me seduz
Ah...
ruazinha modesta
È
uma paisagem de festa / È
uma cascata de luz
Na
rua uma poça d’água
Espelho
da minha mágoa / Transporta
o céu para o chão
Tal
qual o chão da minha vida
Minha
alma comovida / E
o meu pobre coração
Espelho
da minha mágoa
Meus
olhos são poças d’água / Sonhando
com seu olhar
Ela
è tão rica e eu tão pobre
Eu
sou plebeu e ela è nobre / Não vale a pena sonhar