Diamantina / Nobre Costa
Repertório de João Chora
Nasci no campo, cores garridas, gente franca
Montei cavalos, pus meia branca
E ali ao lado pude ver sete colinas
Bairros antigos, fados varinas
E os fandanguistas que encantavam mil olhares
Nos meus santos populares
E ali ao lado na Lisboa, a tradição
Marchava a fado, preso a um balão
Eu não desminto que Lisboa é mãe do fado
Lá foi criado, lá foi criado
Mas numa arena frente ao toiro, p’lo forcado
Se reza um fado, se reza um fado
Do meu castelo vi o Tejo travar guerra
Levar consigo a minha terra
E ali ao lado outro castelo em seu regaço
Guardava o Tejo do seu cansaço
Filho dum povo que trabalha sem lamento
Faz da terra seu sustento
Se é Ribatejo ou Estremadura, é indiferente
O fado é fado de quem o sente