Letra e música de Diogo Clemente
Repertório de Raquel Tavares
Quem me vê debruçada na janela
Não venha debruçar-se sobre mim
Mas passe tristemente junto dela
E tristemente passe junto a mim
Que juntas estão as mãos com que apertei
As rosas e os beijos pela tarde
Que deu lugar à noite a que me dei
E sem querer me arde, ainda arde
Quem passar devagar não se demore
Acaso o choro a alma me encontrar
No fundo, não é tanto o quanto chore
É mais a dor calada de chorar
Que a espera que me prende no vazio
Deserta-me da vida junto dela
E outra vida surge como um rio
Ao ver-me debruçada na janela