Versão do repertório de Carlos Ramos
Criação de Estevão Amarante na revista *Fora dos eixos*teatro Avenida 1943
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção
Portugal
desde menino
Foi cavaleiro e campino
Deu cartas como caução
A cavalo, venceu moiros
A cavalo picou toiros
A cavalo, venceu moiros
A cavalo picou toiros
Foi decidido e pimpão
A nossa história
A nossa história
É toda de lés a lés
Uma vitória
Do ginete português
Eu cá p'ra mim
Não há, oh não
Maior prazer
Do que o selim e a mulher
Rédeas na mão
Rédeas na mão
Sorrir, amar
Trotar, esquecer
E digam lá se isto é descer
Rapaziada de agora
Voltem à bota e à espora
Rapaziada de agora
Voltem à bota e à espora
Com orgulho e altivez
Deixem as coisas modernas
Arranjem força nas pernas
Deixem as coisas modernas
Arranjem força nas pernas
Montar é que é português
Quem anda ao trote
Quem anda ao trote
Em cima dum bom alter
Leva no bote
A mais difícil mulher
Porém, à semelhança de «O Fado Antigo é Meu Amigo», este notável fadista
foi recuperar um êxito de Estêvão Amarante, provavelmente ouvido em disco
e não em palco pois em 1943 Vicente da Câmara não tinha idade para ir ao teatro
de revista com os seus viçosos 15 anos de idade.
Hoje, este fado estará sob a acusação de machismo e marialvismo
mas não há dúvida de que teve – e tem – força e casticismo fadísticos de sobejo.