-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

. . .

7090 LETRAS <> 3.082.000 VISITAS em FEVEREIRO 2024

. . .

Fado do Ribatejo

Alberto Barbosa, J. Galhardo A.do Vale e V. Santana / Raúl Ferrão
Versão do repertório de Madalena Iglésias
Criação de Mirita Casimiro na opereta *Ribatejo*
Teatro Variedades 1939

Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção


Já não percorro contente 
Os campos da minha terra 
Já nem me aquece a luz quente 
Das tardes de sol da terra 

Fugiu-me o sol da ventura 
Do céu da minha ilusão 
E a voz de Deus, noite escura
Caiu no meu coração 

Oh Ribatejo, pai do meu Tejo 
Já te não vejo sempre a cantar 
Teus horizontes, rios e fontes 
Prados e montes, sinto a chorar 
Toda a beleza da natureza 
Acho tristeza desolação 
omo acho negro o destino 
Porque o campino está na prisão 

Vivendo a rir mal sabia 
Que o riso é primo da mágoa 
E tem a santa alegria 
Das gentes da borda d'água 

O amor de mãe que dá tudo 
E só nos ensina o prazer 
Foi já na escola da vida 
Que eu aprendi a sofrer
- - -
Mirita Casimiro era filha e neta de cavaleiros tauromáquicos.
O avô foi Manuel Casimiro e o pai, o não menos famoso José Casimiro.
Deve ter-se sentido particularmente à-vontade numa opereta
com o título *Ribatejo* na qual criou este fado.
Os versos «Porque o campino / Está na prisão» poderão parecer algo
enigmáticos, mas refletem apenas uma situação do enredo da opereta.