Repertório de António Mourão
Ser fadista é ser poeta, ambos são
O produto do poder do sentimento
O poeta dá aos versos, coração
O fadista pôe a alma no talento
P'ra que o fado possa ter uma expressão
Não importa a fatiota do artista
Tem que haver a emoção, senão então
Quem canta está fingindo que é fadista
P'ra seres fadista, serás aprumado
Pontapé na nota com batota
Não pode ser, nem é, próprio do fado