Mário Raínho /
Filipe Pinto *fado meia-noite*
Repertório de
Manuel Delindro
Dizem, mulher, que nasceste
Duma costela de Adão
Mas, pra mim, aconteceste
Doutra divina razão
Quando Deus no paraíso / Olhou a flor mais formosa
Com o gesto mais preciso / Fez-te nascer duma rosa
Tu, mulher, rosa-de-fogo
Minha tentação, meu rogo
Mas, pra mim, aconteceste
Doutra divina razão
Quando Deus no paraíso / Olhou a flor mais formosa
Com o gesto mais preciso / Fez-te nascer duma rosa
Tu, mulher, rosa-de-fogo
Minha tentação, meu rogo
É plo teu ventre fecundo / Que este planeta floresce
Pela vida que em ti cresce / Plos filhos que dás ao mundo
Mulher-mãe, quanta canseira / Deus te deu, pequena flor
Mas deu-te a força e a maneira / De fazeres da dor amor
Em ti principia a vida / Diga o mundo o que disser
Rosa-de-fogo, florida / Bendita sejas, mulher