Tem a face mais rosada / Que bonita está, Lisboa
Está mais culta nos festejos / Mais moderna de feições
E tem, no metro, azulejos / Mil e uma exposições
Junto à Ribeira das Naus / No Tejo, lavou o rosto
O seu Terreiro era um caos / E agora, até dá gosto
Já visita monumentos / Como fazem os turistas
Vai a museus e a eventos / Vejam como dá nas vistas
Lisboa, agora, em casa não se demora
Anda pela cidade fora
E vive mais a preceito!
E pôs de lado, a crise de tão mau grado
Vai à discoteca, ao Fado
É Lisboa, amor-perfeito
Lisboa quer, é ver, no Parque Mayer
Uma revista qualquer
Levá-la dentro do peito
Porque um sorriso, duma graça de improviso
É urgente e é preciso
É Lisboa, amor-perfeito
Vamos voltar a voar
Estender as nossas asas, voar sobre as casas
Ver isto tudo a mudar
Que é preciso acreditar
E co’a nossa fé erguida
Podemos voltar à vida
Vamos voltar a voar
Que é preciso acreditar
Voar, voar, voar
Que é preciso acreditar
Voar, voar, voar, voar
A canção dos bairros desta cidade de saudade
Acende o riso, a emoção
E a paixão a quem ama de verdade, liberdade
E nesse bater perfeito, a preceito
Ao compasso da memória, sua glória
Palpita dentro do peito
Ao seu jeito deste Maria Vitória
E nesse bater perfeito ao compasso da memória
Palpita dentro do peito
Palpita dentro do peito deste Maria Vitória