Artur Ribeiro / João Blak *fado menor do porto, estilizado*
Repertório de Artur Ribeiro
O meu coração parou
E tudo ficou parado
E a voz de cantar meu fado
Emudeceu na garganta
Deixei de saber quem sou
Nem o que faço na vida
Sou folha no chão caída
Sou poeta que não canta
Sou folha de vendaval
Bailando ao sabor do vento
Não choro nem me lamento
Nem sequer meu fim pressinto
Sou um livro sem final
Não sou rei nem sou mendigo
Quero encontrar-me comigo
Mas procuro e não me sinto
Nem um grito de revolta
Nestes meus lábios cansados
Nos meus olhos magoados
Um olhar, de ver ninguém
Sou quarto onde ninguém volta
Sou um berço sem menino
Uma carta sem destino
Que não sabe donde vem
Eu sou o louco mais louco
À solta por esse mundo
Sou um verso tão profundo
Que mais ninguém decifrou
Tudo isto, porque á pouco
Quando cheguei, não te vi
E até tu voltares aqui
O meu coração parou
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Versão de Fernando Maurício
Artur Ribeiro / Popular *fado menor, estilizado*
Repertório de Fernando Maurício
Repertório de Fernando Maurício
O meu coração parou
E tudo ficou parado
A voz de cantar meu fado
Emudeceu na garganta
Emudeceu na garganta
Não chego a saber quem sou
Nem o que faço na vida
Nem o que faço na vida
Sou folha no chão caída
Sou poeta que não canta
Sou poeta que não canta
Nem um grito de revolta
Nestes meus lábios cansados
Nos meus olhos magoados
Um olhar, de ver ninguém
Sou quarto onde ninguém
Sou um berço sem menino
Uma carta sem destino
Que não sabe donde vem
Eu sou o louco mais louco
À solta por este mundo
Sou um verso tão profundo
Que ninguém o decifrou
Tudo isto, porque à pouco
Quando cheguei, não te vi
E até tu voltares aqui
O meu coração parou