Letra e música de Jorge Fernando
Repertório de António Pelarigo
Foi de verde que partiste
Às cinco, no trem da esperança
Nas malas de cartão triste
Pouca roupa e a lembrança;
Ficou no cais, tu não viste
Um aceno de criança
Lá na aldeia a vizinhança
Nada há que a conforte
Por ver partir para França
Os braços de um homem forte;
Que partiu no trem da esperança
Na esperança de melhor sorte
Seguiu também na bagagem
Além de sonhos nefastos
A dor que rasga a coragem
E a crença dos sonhos vastos;
Como quem escreve na margem
De papéis velhos e gastos