Repertório de Max
Gravado com o título *duas mortalhas*
Foi na Travessa da Palha
Que um petiz de olhar bizarro
Com outros da sua igualha
Me pediu uma mortalha
Para fazer um cigarro
Acedi naturalmente / Eu sou assim quando calha
Não é coisa deprimente /A um migalho de gente
Dar a gente uma migalha
Por tal mortalha ter dado / Um amigo censurou-me
Respondi-lhe revoltado / Também a fome é pecado
E há muita gente com fome
E o petiz de olhar bizarro / Disse-me adeus, obrigado
Distraído com o cigarro / Não viu que passava um carro
E foi por ele esmagado
E na Travessa da Palha / O garotito morreu
Foi p’rá vala da canalha / Mas levou outra mortalha
Novinha, que lhe dei eu
Desde então, sempre que fumo / Nas fumaças do espaço
Vejo o garoto no fumo / A pôr luto não costumo
Mas puz um fumo no braço
Que um petiz de olhar bizarro
Com outros da sua igualha
Me pediu uma mortalha
Para fazer um cigarro
Acedi naturalmente / Eu sou assim quando calha
Não é coisa deprimente /A um migalho de gente
Dar a gente uma migalha
Por tal mortalha ter dado / Um amigo censurou-me
Respondi-lhe revoltado / Também a fome é pecado
E há muita gente com fome
E o petiz de olhar bizarro / Disse-me adeus, obrigado
Distraído com o cigarro / Não viu que passava um carro
E foi por ele esmagado
E na Travessa da Palha / O garotito morreu
Foi p’rá vala da canalha / Mas levou outra mortalha
Novinha, que lhe dei eu
Desde então, sempre que fumo / Nas fumaças do espaço
Vejo o garoto no fumo / A pôr luto não costumo
Mas puz um fumo no braço