Repertório de Nuno de Aguiar
Tenho p’ra me defender
Uma arma bem singela
Mas de um enorme valor
Pois venha lá quem vier
Quando manejo com ela
Fico sempre vencedor
Venço a má língua, a arrogância
A calúnia mais brutal
Os fins da mais torpe ação
Até venço a relutância
Daqueles que dizem mal
Até venço a relutância
Daqueles que dizem mal
E no fim, pedem perdão
Nada temo nesta vida
Nem as almas malfazejas
Nada temo nesta vida
Nem as almas malfazejas
Nem os ditos lés a lés
Tudo levo de vencida
Até as próprias invejas
Tudo levo de vencida
Até as próprias invejas
Caem de rojo, a meus pés
Nada pois me causa medo
Nem o ódio dos irados
Nada pois me causa medo
Nem o ódio dos irados
Aumenta as minhas fadigas
Esmago o devasso enredo
Dos concluios fomentados
Esmago o devasso enredo
Dos concluios fomentados
Ante as mais baixas intrigas
Arma de golpes certeiros
Perante o reles motejo
Arma de golpes certeiros
Perante o reles motejo
De quem ri do indefeso
Vence exércitos inteiros
Essa arma que eu manejo
Vence exércitos inteiros
Essa arma que eu manejo
E que se chama desprezo