Repertório de Carlos do Carmo
Esta levada de secura à minha beira
É água fria correndo p'las veias da Madeira
Esta levada dos verdes olhos de mágoa
É uma ilha bordada a chorar as penas de água
Espadinha negro, aço de peixe a brilhar
Mais a espetada com estilete à português do alto mar
Vou no Pirata
Passear a Porto Santo
Amar na areia de prata
O teu azul de quebranto
São as orquídeas
São as orquídeas
Que te enfeitam o decote
Todas as flores ao despique
Todas as flores ao despique
E a estrelícia a dar o mote
É na cambraia da ceia posta na mesa
Que esta aguardente e o mel fazem esquecer a tristeza
Mas na cambraia do lençol que a gente arranca
Quando o mar nos sabe a fel, o teu corpo é pomba branca
Espadinha negro, aço de peixe a brilhar
Mais a espetada com estilete à português do alto mar
Sou pescador
É na cambraia da ceia posta na mesa
Que esta aguardente e o mel fazem esquecer a tristeza
Mas na cambraia do lençol que a gente arranca
Quando o mar nos sabe a fel, o teu corpo é pomba branca
Espadinha negro, aço de peixe a brilhar
Mais a espetada com estilete à português do alto mar
Sou pescador
Do mar fundo da Madeira
Sei prender o teu amor
Sei prender o teu amor
No anzól da vida inteira
Este meu fado
Este meu fado
Está tão cercado de mar
Que é sempre um lugar fechado
Que é sempre um lugar fechado
Até um barco chegar
Amarro a ida às cordas do verbo amar
É aqui a minha vida, sou português de alto mar
Amarro a ida às cordas do verbo amar
É aqui a minha vida, sou português de alto mar