Diogo Clemente / Fernando Freitas *fado pena*
Repertório de Raquel Tavares
A tarde já morreu nesta varanda
As sombras que se alongam, vão morrer
Depois da tarde, surge a noite branda
Ao certo, tudo surge sem se ver
Tal como a madrugada me surgia
Surgiste como um beijo arrematado
Por alguém que chegou e que partiu
De mim p'ra mim, e em mim ficou parado
Alguém que certamente me adivinha
No ante dos dizeres que nunca digo
Que trás o mar nos braços á noitinha
E tem-me o corpo inteiro como abrigo
Por ver em cada noite uma viagem
Como água que a saudade me alivia
Eu quero estar contigo nesta margem
E fico na varanda até ser dia