Repertório de Carlos do Carmo
Foi numa noite gelada
Já rompia a madrugada
No momento em que te vi
Não soube dizer-te nada
Nessa hora alucinada
E fiquei a olhar p'ra ti
Andei p'las ruas à toa
P'las vielas de Lisboa
Cada esquina sem ninguém
Quando o amor nos abençoa
Há uma luz que perdoa
Quando o amor nos abençoa
Há uma luz que perdoa
Tanto mal que nos faz bem
Nunca soube de quem era
Esse rosto que eu quisera
Nunca soube de quem era
Esse rosto que eu quisera
Guardar bem dentro de mim
Talvez fosse uma quimera
Que ali me deixou à espera
Talvez fosse uma quimera
Que ali me deixou à espera
Naquela noite sem fim
Passou o tempo e agora
Volto a viver essa hora
Passou o tempo e agora
Volto a viver essa hora
Na cidade adormecida
Mas quase rompendo a aurora
Há uma guitarra que chora
Mas quase rompendo a aurora
Há uma guitarra que chora
Saudades da minha vida