Repertório de Augusto Fernandes
Sempre que o poeta chora
Faz poesia com pranto
Quando a dor é redentora
Sempre que o poeta chora
O choro tem outro encanto
Sempre que o poeta chora
Faz poesia sentida
Faz lembrar a velha nora
A jorrar água com vida
Faz lembrar a velha nora
A jorrar água com vida
Nesta vida enganadora
Sempre que o poeta chora
Sempre que o poeta chora
Chora por dentro dum verso
Para não se ver por fora
A dor dum choro disperso
Para não se ver por fora
A dor dum choro disperso
Numa alma sofredora
E quando o poeta sente
E quando o poeta sente
A inspiração suprema
Tem mais brilho a sua mente
E muito naturalmente
Tem mais brilho a sua mente
E muito naturalmente
Nasce o mais belo poema