Repertório de Fábia Rebordão
Como dizer-te, ousar falar
Como contar-te?
Que sinais eu posso dar-te?
Já que a voz teima em calar-se
Se não me entendes
O que fazer deste meu jeito?
De sentir bater-me o peito
Que quase o sinto a rasgar-se
Por seres tão triste
Roça-me a alma o suave encanto
Quase a carícia a dar-se tanto
Pousar-te as mãos
Por sobre o rosto
Por seres tão triste
Dou-te os meus olhos
Para que vejas a intensa luz na noite
P'ra que sejas, num olhar triste
Os olhos de que eu gosto
Há nos meus olhos
Estranho brilho a trair-me
Que o amor ao possuir-me
Denúncia a alma impura
Tenho receios
Sentimentos persistentes
Por não saberes o que sentes
Sei-me assim tão insegura