Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO apadrinhado pelo mestre RODRIGO

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AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
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ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO - - -
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
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Nada é pobre quando é povo

Vasco Lima Couto / António Chaínho
Repertório de Rodrigo


O fado antigamente era o recado
Das vielas sangrentas de Lisboa;
E o protesto do amor desanimado
Conto livre dos olhos sem passado
Em mil versos que o tempo não perdoa

Nas tavernas do rio, em noite suja
Onde as praias da voz não se encontravam
As guitarras falavam da cidade
Nos versos desse vinho, onde a saudade
Cantava a maldição dos que choravam

Depois, amordaçado, foi o cais
A adormecer os ricos deste mar
Que pagavam o fado com o seu nome
E fingiam não ver a cor da fome
Em gerações sem tempo e sem lugar

Mas foram os poemas desse longe
Que ultrapassei porque hoje me renovo
O tempo aberto e livre da canção
Do meu país, chegado ao coração
Que eu entrego feliz à voz do povo