Florbela Espanca / Rocha Oliveira
Repertório de Dina do Carmo
És tu, és tu, sempre vieste, enfim
Oiço de novo o riso dos teus passos
És tu que eu vejo a estender-me os braços
Que Deus criou p’ra me abraçar a mim
És tu que eu vejo a estender-me os braços
Que Deus criou p’ra me abraçar a mim
Tudo é divino e santo visto assim
Foram-se os desalentos, os cansaços
O mundo não é mundo, é um jardim
Um céu aberto, longes, os espaços
Foram-se os desalentos, os cansaços
O mundo não é mundo, é um jardim
Um céu aberto, longes, os espaços
Prende-me toda, amor, prende-me bem
Que vês tu em redor? não há ninguém
A terra? - um astro morto que flutua
Que vês tu em redor? não há ninguém
A terra? - um astro morto que flutua
Tudo o que é chama a arder, tudo o que sente
Tudo o que é vida e vibra eternamente
É tu seres meu, amor, e eu ser tua
Tudo o que é vida e vibra eternamente
É tu seres meu, amor, e eu ser tua