Repertório de Maria Armanda
Morrer ao pé de ti, é quase tudo
Viver junto de ti, é quase nada
Sou rosa de cetim e de veludo
Sou mulher possuída e mal amada
Não és o meu amigo, és só amante
Mal amado de mim que por ti choro
Na raiva dos meus olhos diamante
No sal da minha pele em cada poro
Põe os teus olhos nos meus
Aquece este corpo frio
E depois jura por Deus
E depois jura por Deus
Que foi meu o desafio
São os meus olhos a espada
O mal, o fogo, e a chama
Sou ternura amarrotada
Sou ternura amarrotada
Quando os dois estamos na cama
Mulher ao pé de ti, como a entendes
Gazela, dor, cavalo, flor, fragata?
Mulher, palavra que não compreendes
Mulher da vida que a viver se mata
Rameira das palavras, sou roseira
De espinhos e canseiras que sofri
Mas quando eu canto, sou a vida inteira
Trepando na videira que há em ti
Mulher ao pé de ti, como a entendes
Gazela, dor, cavalo, flor, fragata?
Mulher, palavra que não compreendes
Mulher da vida que a viver se mata
Rameira das palavras, sou roseira
De espinhos e canseiras que sofri
Mas quando eu canto, sou a vida inteira
Trepando na videira que há em ti