Mário Martins / António Chaínho
Repertório de António Mourão
Lisboa gaivota branca / Que tem poiso na Ribeira
Faz o ninho no Castelo / Discute na Brasileira
Aos domingos é sereia / Dá-se ao mar em pleno dia
Traz nos cabelos o sal / Em punhados de maresia
Lisboa é corpo de rapariga
De seio erguido, de patriota
É melodia de uma cantiga
Na sombra branca duma gaivota
É aguarela de água do rio
É oceano do mar da palha
Feita de sol nunca tem frio
Sob colinas que se agasalha
Já sem canastra à cabeça / Pôs um turbante de ameias
Fidalga-povo que sabe / Ser mulher e ter ideias
Corpo de rio inquieto / De noite os olhos são prata
Ambição de ser do mundo / Que só no mar se desata
Aos domingos é sereia / Dá-se ao mar em pleno dia
Traz nos cabelos o sal / Em punhados de maresia
Lisboa é corpo de rapariga
De seio erguido, de patriota
É melodia de uma cantiga
Na sombra branca duma gaivota
É aguarela de água do rio
É oceano do mar da palha
Feita de sol nunca tem frio
Sob colinas que se agasalha
Já sem canastra à cabeça / Pôs um turbante de ameias
Fidalga-povo que sabe / Ser mulher e ter ideias
Corpo de rio inquieto / De noite os olhos são prata
Ambição de ser do mundo / Que só no mar se desata