*Sonata do Chiado antigo*
César de Oliveira / Thilo Krasman
Repertório de José da Câmara
Pelos ferros forjados da janela
Vejo tremer a renda de franzir
E o sinal dessa rosa amarela, meu amor
Dizendo; vou sair
Gritando; vou sair
Vou esperar-te
Mesmo em frente da Havaneza
Fingimos que o encontro aconteceu
E levo concerteza
Concerteza, outra flor
Dizendo; cá estou eu
Gritando; cá estou eu
Velho Chiado enamorado
Ai… quanto amor
Ali nasceu e morreu
Velho Chiado
Vejo-me ao espelho
Quem está mais velho?
Serás tu ou eu?
Fomos comer pãezinhos de erva-doce
Ouvindo o choro alegre dum violino
E tinhas no olhar
Fosse o que fosse, meu amor
Mais doce que os pãezinhos
Mais doce que os pãezinhos
Subimos a correr, Chiado acima
Coraste de prazer e d’emoção
Paraste e perfumaste
A Lúcia-lima, meu amor
E nessa noite então, pedi a tua mão