*Eu, guitarra*
Jorge Rosa / Edgar Nogueira
Repertório
de Deolinda Maria
Todos
sabiam que eu era
A companheira do fado
Sempre vivi a seu lado
Desde os tempos da Severa
Sofri com a sua dor
Passei os mesmos tormentos
Nos bons e nos maus momentos
Nos bons e nos maus momentos
Só lhe dei provas d'amor
Mas esse tonto
Quando teve
a fantasia
De trocar a Mouraria
De trocar a Mouraria
Pelos bairros de alta roda
Chegou a ponto
De me chamar inimiga
De me chamar velha antiga
De me chamar velha antiga
Cansada e fora de moda
Mas o guitarra
Não me posso esquecer dele
Ele continua fiel
Ele continua fiel
A todo o nosso passado
Acho bizarra
Acho bizarra
A ideia de me afastar, mas não
Não vou deixar
Não vou deixar
De ser amante do fado
Nas
boites e casinos
Onde
faz da noite o dia
Toda
e qualquer companhia
Serve
a esse valdevinos
Mas
quando a voz do povo
Lhe
grita com emoção
É
que ele chora e então
Se lembra de mim de novo
EU, GUITARRA
Todos sabem como eu era
A companheira do fado
Que vivi sempre a seu lado
Desde os tempos da Severa
Sorria com o seu humor
Sofria com os seus tormentos
E nos bons e maus momentos
Só lhe dei provas de amor
Mas esse tonto, levado p’la fantasia
De trocar a Mouraria p’los bairros da alta roda
Chegou ao ponto de me julgar inimiga
De me chamar velha antiga
Cansada e fora de moda
Mas eu, guitarra, não posso viver sem ele
E continuo fiel a todo o nosso passado
Acho bizarra a ideia de me afastar
Mas não…
Mas não…
Não posso deixar de ser a amante do fado
Nas boîtes e casinos
Onde faz da noite dia
Toda e qualquer companhia
Serve a esse valdevinos
E só quando a voz do povo
Lhe grita com emoção
É que ele chora e então
Se lembra de mim de novo
Nas boîtes e casinos
Onde faz da noite dia
Toda e qualquer companhia
Serve a esse valdevinos
E só quando a voz do povo
Lhe grita com emoção
É que ele chora e então
Se lembra de mim de novo