Pois na vida, quanta vez
A saudade è na verdade
A doce recordação
D'ilusão que se destez
Quem amou sem ser amada
Quem se embalou na miragem / Dum falso amor a brilhar
Traz a saudade guardada
Para lhe dar mais coragem / E nunca a pode deixar
Portanto, pobre de quem
Diz que a saudade anda unida / Ao mais atroz padecer
Pois quem saudades não tem
Pode viver toda a vida / Que não chegou a viver