Carlos Conde / Alfredo Duarte
Repertório de Alfredo Marceneiro
Aquela fábula antiga
Da cigarra e da formiga
Mudou de forma invulgar
Hoje a formiga é criada
De uma cigarra emproada
Com manias de cantar
Enquanto uma se atrofia
Na lida do dia a dia
Da cigarra e da formiga
Mudou de forma invulgar
Hoje a formiga é criada
De uma cigarra emproada
Com manias de cantar
Enquanto uma se atrofia
Na lida do dia a dia
Entregue a labor insano
Faz a outra recitais
E num dia junta mais
Faz a outra recitais
E num dia junta mais
Do que a primeira num ano
Essa lenda em que a cigarra
Tinha a mania bizarra
Essa lenda em que a cigarra
Tinha a mania bizarra
De só de inverno esmolar
Já lá vai, já se acabou
E como tudo mudou
Já lá vai, já se acabou
E como tudo mudou
Nem disso se quer lembrar
A formiga é caprichosa
Mas a cigarra orgulhosa
A formiga é caprichosa
Mas a cigarra orgulhosa
De uma vida de cantigas
Finge até não dar por nada
Só p’ra não ter a maçada
Finge até não dar por nada
Só p’ra não ter a maçada
De sacudir as formigas