Letra e musica de Paco Bandeira
Repertório de Luísa Basto
É sempre tarde demais ou ‘inda é cedo
Nunca estou a horas certas co'a razão
Já tenho chegado a tempo, porém quando chego
Não é a razão que encontro, é outra a condição;
Desesperar ou desistir não adianta
Os seres são o que são
Viver aqui é sempre um desatino
Um desencontro de passagem
Um fado que é fatal como o destino
Uma miragem
Há que aprender a viver na realidade
Ler p’ra lá do que se escreve, o que se diz
Quantas vezes é mentindo que se fala verdade
E dizendo bem por vezes, tudo se desdiz;
É necessário aprender muita maldade
P’ra viver bem aqui
Entre a maldade escondida dos *faz-de-conta*
E a piedosa bondade da oração
Existe ao direito à vida que p’ra muitos não conta
O que conta é a conta, o nome, a posição
Barafustar, discutir, não adianta
Os seres são o que são