Repertório de Alice Maria
Não esperes que eu seja
Aquela gota d’água que circula
No lugar onde a sombra está sozinha
Não esperes que eu veja
A solidão da árvore que ondula
Quando o teu corpo livre me encaminha
Vem como és amor
Perdendo ruas, casas e lugares
Para o vento te guiar à despedida
Não te fique o sabor
Para o vento te guiar à despedida
Não te fique o sabor
O amargo sabor de só me achares
Depois de morto o coração da vida
Não esperes que eu cante
Mais que este mar que eu dou à poesia
Calcando as areias do meu pensamento
Que o meu sonho é emigrante
Que se não parte a desenhar o dia
Na boa noite amargurado e lento
Depois de morto o coração da vida
Não esperes que eu cante
Mais que este mar que eu dou à poesia
Calcando as areias do meu pensamento
Que o meu sonho é emigrante
Que se não parte a desenhar o dia
Na boa noite amargurado e lento