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Cantiga de Maio

Joaquim Pessoa / Carlos Mendes
Repertório de Carlos do Carmo

Trago dentro da garganta 
As letras do teu nome
Quando um homem se levanta 
Grita fúria em vez de fome

Só a força das palavras 
Fez do medo esta verdade
Quando é teu o chão que lavras 
O arado é liberdade

Meu país vontade 
Corcel de saudade vencida
Meu povo em viagem 
Ganhando a coragem perdida
Meu trigo, meu canto 
Meu maio de espanto doendo
Meu abril tão cedo 
Tão tarde meu medo morrendo
Meu amor ausente 
Meu beijo por dentro queimado
Num tempo tão lento 
Tardamos no vento até quando
Até quando?

Trago as palavras desertas 
Na canção que eu inventei
E nas duas mãos abertas 
Estas veias que rasguei

Por isso o meu sangue corre 
Na seiva da primavera
Sou um homem que não morre 
Sou um povo que não espera