*dueto*
Autor desconhecido / Pedro Rodrigues
Dueto de Anérico de Jesus e José de Jesus (?)
Desconheço se esta letra foi gravada.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Aquele homem que ali vai
Desconheço se esta letra foi gravada.
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Aquele homem que ali vai
Mostra ter fraca aparência
Deve ser um malfeitor!...
Enganas-te, é um bom pai
Trata a esposa com paciência
Enganas-te, é um bom pai
Trata a esposa com paciência
Trata os filhos com amor
A mulher que vês ali
Parece que anda perdida
Parece que anda perdida
Ou foi lançada aos maus trilhos
É falso, trabalha aqui
Aonde governa a vida
É falso, trabalha aqui
Aonde governa a vida
Para amparo dos seus filhos
Vem ali um marinheiro
Todo cheio de vaidade
Vem ali um marinheiro
Todo cheio de vaidade
Com a calça a dar a dar
Mas é um bom companheiro
Representa a heroicidade
Mas é um bom companheiro
Representa a heroicidade
De Portugal além mar
Que dirás também daquele
Rapaz, tristonho e sombrio
Que dirás também daquele
Rapaz, tristonho e sombrio
Que te vendeu o jornal?
Tem um destino cruel
Trabalha, tem fome e frio
Tem um destino cruel
Trabalha, tem fome e frio
E dorme no teu portal
Diz-me lá qual a razão
Porque te pedem esmola
Diz-me lá qual a razão
Porque te pedem esmola
Homens cheios de saúde?
É porque lhes falta o pão
Entraram na grande escola
É porque lhes falta o pão
Entraram na grande escola
Que faz manchar a virtude
Diz-me então porque a ralé
Anda á ponta de cigarros
Diz-me então porque a ralé
Anda á ponta de cigarros
Pelos pontos mais centrais?
É porque tu, no café
Com teus amigos bizarros
É porque tu, no café
Com teus amigos bizarros
Os desperdiças demais
Já que a tudo me respondes
Não me posso defender
Já que a tudo me respondes
Não me posso defender
Sem o dom da hipocrisia
Respondo sim, porque escondes
Esta vida que há-de ser
Respondo sim, porque escondes
Esta vida que há-de ser
Sempre assim, até um dia